historia
Grupos de caçadores, pescadores e coletores já lutavam pela sobrevivência no subcontinente indiano há mais de 1 milhão de anos, como foi revelado pela análise dos objetos feitos de pedra lascada no noroeste do subcontinente indiano. Em tempos posteriores, outros grupos humanos continuaram chegando à região, deixando por todo lado marcas de sua passagem. O período final do Paleolítico está bem representado por vestígios encontrados dentro de cavernas que serviam de abrigo. Muitas de suas paredes estão decoradas com pinturas rupestres, que mostram cenas da vida cotidiana, como a caçada, coleta de mel e dança.
A passagem do nomadismo para a vida sedentária com o cultivo de plantas se deu no vale do rio Indu entre 8000 e 7000 a.C., e também nas áreas banhadas pelo rio Ganges, cerca de um milênio mais tarde. Com esses rios, alimentados pelo degelo das montanhas do Himalaia, acontecia algo parecido com o que ocorria no Nilo e nos rios da Mesopotâmia: nas épocas de cheia, eles transbordavam, espalhando elementos fertilizantes sobre as terras próximas.
Os agricultores aprenderam a tirar o máximo proveito dessas terras férteis. A abertura de canais de irrigação e o uso do arado permitiam a obtenção de fartas colheitas. Junto com a criação de animais, a agricultura forneceu recursos suficientes para sustentar uma população numerosa e os núcleos urbanos se multiplicaram. Entre os núcleos mais importantes que se formaram nesse período estão as cidades de Mohenjo-Daro e Harappa, onde se formaria uma sociedade que perdurou mais de 2000 anos e teria proporções maiores que o Egito e a Suméria na mesma época.
No começo do segundo milênio antes da Era Cristã, a civilização harappeana começou a apresentar sinais de declínio e desapareceu. Existem várias teorias sobre como esta civilização teria desaparecido: acredita-se ultimamente que a causa teria sido uma mudança ambiental que resultou na escassez de água e, consequentemente, na queda de produção de alimentos,