historia
Durante a Idade media, a ordenação política se via sustentada pelo monopólio ideológico exercido pela Igreja Cristã. A mentalidade essencialmente religiosa serviu para que a sociedade fosse vista como um prolongamento da Santíssima Trindade. Os servos tinham como função trabalhar nas terras. A classe nobiliárquica desfrutava da riqueza produzida pelos servos e se dedicava à proteção de suas terras. No topo desta hierarquia estava a Igreja, que tinha como meta garantir a salvação espiritual de todos.
Essa justificação ideológica, na grande maioria das vezes, era reafirmada por meio de imagens e construções suntuosas onde o poder das instituições pudesse ser visualmente percebido. É importante lembrar que o domínio das letras se limitava aos clérigos e a uma pequena parcela da população que desfrutava da oportunidade de aprender outras línguas ou entrar em contato com diferentes obras.
O fim do período medieval trouxe consigo uma outra estrutura de poder agora não somente administrada pelos clérigos. A partir de então, os monarcas tinham fundamental importância para que o novo período intruido viesse a atender as demandas de novos grupos sociais que apareciam junto ao renascimento urbano e comercial experimentado entre os séculos XII e XV. No entanto, o atendimento às necessidades da burguesia ou a vitória sobre as revoltas camponesas não são suficientes para legitimar essa nova autoridade.
Os símbolos e idéias míticas que se apresentavam no imaginário medieval também tiveram espaço em meio aos Estados Nacionais Modernos. O rei coberto em suas vestes repletas de detalhes e cores se distinguia de seus súditos por meio de sua aparência. Além disso, um rei costumava utilizar adornos revestidos em ouro e carregar relíquias sagradas em suas mãos. Toda teoria de direito divino dos reis se via transfigurada por meio de gestos e objetos de impactante distinção.
Na França, essa aura singular era reafirmada por meio de diferentes rituais. Quando