historia
2000. 251 p.
Gislene de Barros ( Professora e pesquisadora)
Leonardo David de Morais1
Polyanna Coelho de Filippis,
O livro Ofício de Mestre: imagens e auto-imagens, de autoria do professor titular emérito da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG),
Miguel G. Arroyo, traz à luz um conjunto de reflexões, no mínimo necessárias, acerca das imagens e auto-imagens cultivadas por e sobre aqueles que exercem o chamado ofício de mestre nos tempos atuais: os professores.
Ao longo dos vinte capítulos que compõem o livro, o professor Miguel Arroyo, através de uma linguagem simples e objetiva, tece reflexões e comentários acerca das especificidades do magistério, do ofício de mestre, termo de sua grande predileção utilizado frequentemente ao longo do livro para denominar, de um modo talvez mais lúdico, a função, a ocupação exercida pelos professores, independentemente das semelhanças e diferenças existentes entre os conteúdos por eles ministrados. Tudo isso, é claro, baseado em sua vasta experiência como profissional da educação nas áreas teórica (como pesquisador) e prática (como professor) do ofício.
No livro Ofício de Mestre o autor busca oferecer a seu leitor reflexões sobre as várias dificuldades e desafios encontrados pela categoria no dia a dia. Os professores, segundo observa Arroyo (2000, p.64), apesar dos obstáculos, devem exercer, junto ao aluno, um papel muito maior do que apenas o de meros transmissores de conteúdos:
A categoria tem colocado todos os seus esforços em melhorar as condições materiais e de trabalho nas escolas (...) para que cheguem a ser espaços mais humanos. O grave das condições materiais e de trabalho das escolas não é apenas que é difícil ensinar sem condições, sem materiais, sem salários, o grave é que nessas condições nos desumanizamos todos. Não apenas torna-se difícil ensinar e aprender os conteúdos,