historia
Entretanto, dois anos mais tarde, com apoio logístico e militar norte-americano, Mohammad Reza Pahlevi consagrou um governo ditatorial comprometido com os interesses do bloco capitalista. Desfrutando de amplos poderes, esse estadista perseguiu os partidários do movimento nacionalista iraniano e estabeleceu a adoção de práticas, vestimentas e padrões de consumo ocidentais no país. Acuados, os nacionalistas promoveram a manutenção de sua orientação política no interior das mesquitas iranianas.
A fusão entre o discurso nacionalista e a defesa dos ideais religiosos passou a ganhar vigor sob a voz do aiatolá Ruhollah Khomeini. Dessa forma, a defesa da interferência política conservadora do clero iraniano se transformou em uma via de defesa dos interesses nacionais contra a intervenção estrangeira. Exilado no Iraque, Khomeini acabou obrigado a se retirar do país por exigência do ditador Saddam Hussein, então aliado dos norte-americanos.
No início de 1979, uma série de revoltas, protestos e greves anunciavam a insustentabilidade do governo de Reza Pahlevi. Com isso, sob a tutela do aiatolá Khomeini, a chamada Revolução Iraniana alicerçou um Estado conservador, teocrático e contrário à intervenção Ocidental. Nesse contexto transitório, Saddam Hussein promoveu uma guerra que pretendia enfraquecer a influência política dos xiitas e controlar as ricas reservas petrolíferas da nação vizinha.
Após o conflito, que não estabeleceu nenhum tipo de ganho para nenhum dos lados, a tutela religiosa prosseguiu orientando a vida política iraniana. Em 1997, a eleição de Mohammad Khatami representou uma possibilidade de