historia

1418 palavras 6 páginas
O interesse da parte da elite intelectual brasileira pelo movimento para a emancipação dos escravos no Brasil obedeceu, desde seu início, a uma lógica que unifica seus pensamentos aos ideais do Iluminismo / Liberalismo europeu. Em nome da igualdade de direitos, da liberdade, da economia liberal, muitos pensadores condenaram o sistema colonial e o trabalho escravo buscando igualar o país Às mais desenvolvidas nações da Europa.

José Bonifácio sempre se colocou entre a elite ilustrada brasileira representando, ele próprio, as mesmas ambiguidades da filosofia à qual se reportava e outras mais, oriundas de sua origem aristocrática. Defendia princípios conservadores ligados à monarquia(era ministro de Pedro I) e condenava e as pretensões nobiliárquicas dos grandes proprietários rurais brasileiros; condenava a democracia, perseguia os republicanos e defendia a emancipação gradual dos escravos, a igualdade de direitos políticos e civis, defendia o trabalho assalariado, a educação e condenava os maus-tratos aos escravos, mas difundia preconceitos contra os não-europeus.

Comecemos a tratar do tema da emancipação dos escravos pelo texto que é o espelho mais perfeito da influência das reflexões dos pensadores iluministas da Europa no Brasil).
O autor, partindo do princípio de que o novo império não pode prosperar sem que haja a abolição da escravatura, tem como proposta básica demonstrar a necessidade da emancipação dos escravos e propor uma nova lei para seu comércio.

Bonifácio inicia seu texto da seguinte forma:
Como cidadão livre e Deputado da Nação dois objetos me parecem ser, fora a Constituição, de maior interesse para a prosperidade futura deste Império. O 1º. é um, novo regulamento promover a civilização geral dos índios no Brasil,que farão com o andar do tempo inúteis os escravos, cujo esboço, já comuniquei a esta Assembleia. 2º. Uma nova lei sobre o Comércio da escravatura, e tratamento dos miseráveis cativos. Este assunto faz o objeto da

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