historia
As Grandes Cidades
30/03/2012
Janaina Tavares Peres Silva. RA:30005738
“A situação da classe trabalhadora na Inglaterra”, de Friedrich Engels
O jovem alemão Friedrich Engels era um jovem rico, fazia parte de uma das famílias mais ricas de Bremen, cultíssimo – já na adolescência escrevera vários poemas e aprendera idiomas estrangeiros- e de boa aparência, foi designado pelo pai para cuidar dos negócios da família em Manchester, na Inglaterra. Não era um cargo qualquer: Manchester era nada menos do que a “oficina do mundo”, a cidade das chaminés e das máquinas que abastecia o mundo industrializado com tudo o que ele necessitava.
Sua partida para Manchester era para fazer uma criar uma análise crítica e escrever não mais poemas, sim algo que ele nunca fizera.
No século XIX, época da Revolução Industrial, do progresso técnico sem limites, do aumento desmedido de riquezas, oferecia uma oportunidade ímpar para um jovem como ele tomar parte do comboio da História. Engels e seus amigos – entre os quais contava um judeu irritadiço chamado Karl Marx – logo perceberam que o progresso gerava uma imensa massa de despossuídos como nunca a humanidade havia visto . Descobrir qual o papel dessa massa dentro da História era a principal preocupação de jovens como ele. Assim sendo, ir a Manchester, o coração do capitalismo do século XIX, tinha um sentido todo especial para ele – tanto quanto para seu pai. Só que o velho não desconfiava que o garotão Friedrich, por trás dos belos ternos, do sorriso fácil e encantador, dos bons modos de gentleman e do ar um tanto dândi, escondia dentro de si um socialista revolucionário.
Engels chegou a Manchester em 1842 interessado tanto nas condições que levaram a Inglaterra à dianteira do mundo capitalista quanto no destino que este mundo deixava para a classe trabalhadora, seu principal assunto no mundo intelectual. Só que falar do povo pobre era uma coisa. Outra bem diferente era vê-los ao vivo.
Aquela