historia

Dizem que agosto é o mês do desgosto. Depende. Começamos o mês com o julgamento do mensalão. Uma boa notícia depois de 5 anos de espera nesta terra Brasilis marcada pela impunidade. Mas agora, ‘Inês é morta’, foi aberta a ‘caixa de Pandora’. Essa expressão é usada em sentido figurado quando se quer dizer que alguma coisa, sob uma aparente inocência ou beleza, é na verdade uma fonte de calamidades. É o caso do mensalão. Abrir a caixa de Pandora foi o que bastou para liberar - e explicitar - uma avalanche de ações negativas. Só que no meio do caminho havia uma pedra. O STF – Supremo Tribunal Federal, corte máxima de nosso Brasil, última instância para nossos embates, surpreendeu e age com firmeza. Bem feito para o político ficha suja, que até agora garantiu sua ficha limpa acobertado por um sistema pachorrento e viciado. Mas é como bem nos lembra a corregedora do Conselho Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, "Todas as vezes que a Justiça sinaliza para a uma atuação firme e segura ela serve de exemplo, principalmente quando vem do STF, que é a corte maior do país. Eu sempre disse que esse julgamento estava na mira da população como sendo uma espécie de farol para iluminar a partir daqui". Amém, ministra. Era exatamente isso que os envolvidos no esquema do mensalão não esperavam. A gente nunca sabe qual é o limite de uma nação. O desejo legítimo de justiça saiu do coração do brasileiro, e tomou corpo nos votos dos ministros do Supremo. Assim, ao iniciar a segunda etapa do julgamento, o relator Joaquim Barbosa disse que são irregulares os empréstimos dados pelo Banco Rural ao PT e a Marcos Valério. O banco manipulou balanços, omitiu o nível de risco das operações e não exigiu garantias. Com o voto de Ayres Britto, o petista João Paulo foi condenado também por lavagem de dinheiro e renunciou à candidatura em Osasco, na grande São Paulo. Os ministros do Supremo já haviam considerado o petista culpado por corrupção passiva e peculato, que, neste caso, é o desvio de