Historia
(FONSECA NETO, Antonio. In: Municípios Turísticos Piauienses – Barras. Teresina: Sebrae, 1996. p. 17-19).
No Nordeste brasileiro um dos significados da palavra BARRA diz ser ela a confluência de um rio e riacho. Barras é o seu plural. E é exatamente o que exprime o sugestivo topônimo BARRAS.
Como quase toda sede municipal piauiense, a atual cidade de Barras originou-se de uma fazenda de gado que, como era muito comum à época, tinha uma capela ereta sob a invocação de santos ligados ao universo da religiosidade do povo português. Tais capelas serviam normalmente para o culto doméstico dos senhores de terras e suas famílias e respectivos agregados. Como era costume, seus instituidores e proprietários nelas tinham sepulturas.
A povoação original da futura cidade de Barras chamava-se “Buritizinho”, uma das muitas fazendas de gado existentes lá pela metade do século XVIII, nas terras da então Freguesia e Vila de Santo Antonio do Surubim de Campo Maior. As terras da fazenda Buritizinho tinham sido, desde o começo do mencionado século, arrebatadas aos índios, nessa região chamados longazes.
O fundador da primitiva Buritizinho e sua capela, portanto o fundador de Barras, foi um militar baiano, neto de portugueses, o Coronel-fazendeiro Miguel de Carvalho e Aguiar, notório combatente nas chamadas “guerras justas”, isto é, na luta contra a indiada que há milhares de anos habitava as ribeiras de rios e riachos que a posteridade viria a conhecer com os nomes de Longa, Ininga, Gentio, Corrente, Santo Antonio e Marathaoan. Na ribeira deste último rio, onde os demais fazem barra, criou-se BARRAS DO MARATHAOAN.
Esta é a história da fixação do homem branco nesse pedaço de chão. Um século após a fixação dos primeiros fazendeiros (além de Miguel Aguiar outros por ali viriam, como Manoel da Cunha Carvalho), já então sendo uma importante capelania sob a invocação de N. Sra da Conceição, dá mais um passo para sua emancipação de Campo Maior. O