historia
Qual o peso da democracia no fim da Guerra Fria, com a queda do socialismo? Na visão de Anderson, “há pouca compreensão [em Hobsbawm] do papel indispensável que a democracia desempenhou como trunfo no desfecho da Guerra Fria: não o ás que o Ocidente tinha na mão, isto é, o apelo ao consumo, mas, mesmo assim, um valete ou uma rainha”.
Se descreve bem a queda do liberalismo, “entre as duas grandes guerras”, Hobsbawm deixa de perceber a “sua recuperação, sem mencionar a força de sua mutação”. “O neoliberalismo, cuja disseminação por todos os continentes nas últimas décadas fez dele talvez a ideologia mais universal da história do mundo, é descartado praticamente entre vírgulas, como uma quimera utópica passageira”, diz Anderson.
A era das ideologias, das ideias, não é apreendida com segurança por Hobsbawm. “Não há nada” em a “Era dos Extremos”, repara Anderson. “As ideias perderam seu lugar na história da raça.” Anderson estranha o fato de que o pós-modernismo é tratado numa única página por Hobsbawm. Há “uma frase ou duas sobre o neoliberalismo e só”. Há um ataque sólido,