Historia
A inauguração da Escola Normal baiana se deu no ano de 1842, após seis anos da lei n. 37 de 14 de abril de 1836 que decretou sua criação. Esta inauguração foi realizada em um ato solene, no tetro São João e reuniu grandes nomes de autoridades civis, religiosas e educacionais da região. Na ocasião escolheram um dos salões desse teatro para ser destinado ás aulas, pois a instituição ainda não possuía um prédio. Segundo Rocha (2008), essa decisão não recebeu aprovação do governo representado pelo Presidente da Província, Paulo José de Mello Azevedo e Brito, por defender que ali havia um grande acesso de pessoas que frequentavam “casas de bebidas”.
A partir das recusas apontadas pelo presidente da Província é possível perceber o quão era importante para a sociedade que os alunos e professores desta instituição frequentassem um ambiente marcado por boa conduta e valores legitimados pela sociedade e tidos como elementos primordiais para a formação do professor. No período que começaram efetivamente as aulas nessa instituição, uma nova legislação entrava em vigor, a lei n. 172, de 25 de maio de 1842, dessa vez com mais nitidez em relação a conduta exigida dos candidatos à professores das cadeiras primárias. Eram exigidos documentos que comprovassem através da Igreja e das autoridades policiais os bons comportamentos políticos, religiosos e moral do candidato. Diversas foram as dificuldades enfrentadas pela Escola Normal da Bahia, dentre os quais estavam a falta de livros, mobiliários adequados, ausência de uniformidade do ensino e baixos salários dos professores. Essas dificuldades contribuíram para que cinco anos depois do início de suas atividades ocorresse uma enorme redução da matrícula, ou seja, no “primeiro ano, foram matriculados 83 alunos, com predominância masculina: 68 homens e 15 mulheres. No último, 1847, os alunos não passavam de 4”. A redução alarmante da matrícula chamou atenção de autoridades que começaram