Historia e sociedade
Relacionar a Revolta da Vacina – Saber Técnico – Desejo de Progresso e Civilização.
O sonho do Rio de Janeiro de se transformar em uma metrópole européia já desfazia logo na sua porta de entrada, o cais do porto. Os viajantes admiravam as belezas naturais dos seus navios mas não desembarcavam, por ser a cidade foco de epidemias como a febre amarela, peste bubônica e a varíola ( a causa da revolta ).
O Dr. Oswaldo Cruz, indicado pelo Instituto Pasteur, já assumiu o cargo de diretor da Saúde Pública com um quadro bem claro de como se encontrava a cidade.
Sabia-se como a doença agia e o antídoto para ela, porém não se sabia, como ficou evidente, lidar com a população, explicando como é a ação da vacina e a necessidade dela. Isso se contarmos com uma parte da população já aturdida e descontente com a derrubada de suas casas, jogando-os para a periferia, com o amontoado de pedras e entulhos do “bota-abaixo” que havia se iniciado com a reurbanização da cidade. Sem o controle dessas epidemias, não era possível à Capital Federal atingir seu status de cidade civilizada, assim como sem os melhoramentos. Segundo os governantes desse período, o Rio de Janeiro só entraria no século XX, e isso não seria possível caso a capital da República continuasse sendo apontada ( o que na realidade era ) como sede epidemias, sem água e esgoto encanados e com os cortiços no centro da cidade.
Oswaldo Cruz; como avaliar a ação desse personagem?
Em 31 de outubro de 1904, por iniciativa de Oswaldo Cruz, o Congresso aprovou a lei que tornava obrigatória a vacina contra a varíola. O Dr. Oswaldo Cruz, enquanto sanitarista, era brilhante. Suas qualificações profissionais eram indiscutíveis. Foi discípulo e assistente de Emile Roux, diretor do Instituto Pasteur e com sólida reputação científica. O problema era o modo como ele lidava com o “público” a ser vacinado, assim como pelo fato de, talvez (porque o texto não deixa isso claro) não separar questões políticas das