Historia silvio santos
Ainda menino, andando pela Avenida Rio Branco, Sílvio observou um camelô vendendo, com enorme facilidade, carteirinhas plásticas porta-títulos de eleitor por 5 mil réis e, seguindo-o, verificou que o mesmo as comprava por 2 mil réis do atacadista, na Rua Buenos Aires. Comprou, então uma carteirinha, com uma moeda de 2 mil réis, e saiu pela avenida vendendo-a dizendo ser a última. Foi buscar mais duas. E assim nascia o camelô que fazia ponto na Avenida Rio Branco com Rua do Ouvidor.
Um dia o rapa chegou e Silvio Santos não conseguiu fugir a tempo, porém, ao invés de ser levado para o Juizado de Menores, o Diretor de Fiscalização da Prefeitura, Renato Meira Lima, percebendo tratar-se de um estudante que se expressava corretamente e de boa voz, deu-lhe um cartão para que procurasse um amigo na Rádio Guanabara, onde estava se realizando um concurso de locutores, do qual participam em torno de 300 candidatos. Nesse concurso estavam inscritos rapazes que tornaram-se famosas figuras do mundo artístico, como Chico Anísio, José Vasconcelos, Celso Teixeira, entre outros. Silvio Santos foi o primeiro colocado, sendo admitido como locutor. Por ser o salário mensal na rádio inferior ao que ele ganhava em menos de uma semana como camelô, após um mês pede demissão e volta para a Avenida Rio Branco.
Aos 18 anos Silvio Santos alistou-se na Escola de Paraquedista do Exército, em Deodoro, e nos dias de folga trabalhava em rádio, com Silveira Lima, na Rádio Mauá. Ao dar baixa no Exército, transferiu-se para a rádio Tupi, aposentando definitivamente o camelô.
Trabalhando em Niterói, na Continental, todas as noites embarcava na última barca com destino ao Rio, próximo à meia-noite, ao lado de bailarinas que trabalhavam em dancins e cabarés, surgindo a idéia de sonorizar a barca para animar as viagens. Pediu demissão da rádio, e com o dinheiro da indenização