historia frederic
Max Altman | Redação - 13/05/2013 - 10h33
Foi pioneiro no estudo da vida operária e da estrutura familiar; suas ideias inspiram doutrinas da direita
Wikimedia Commons
Pierre-Guillaume Frédéric Le Play, um dos fundadores da Sociologia e das pesquisas sobre as estruturas familiares, morre em Paris em 13 de maio de 1882. Sociólogo e economista de fortes convicções cristãs, Le Play foi dos pioneiros em estudar a condição operária. O historiador e sociólogo Emmanuel Todd não esconde a dívida em relação a ele no que diz respeito aos trabalhos sobre as estruturas familiares.
Nascido em La Rivière-Saint Sauver, na Normandia, em 1806. Diplomado pela Escola Politécnica, Le Play torna-se engenheiro de minas. Jovem ainda, se apaixona pelo mundo operário e viaja por toda a Europa, a pé na maior parte das vezes, para estudar as condições de vida dos trabalhadores, em particular dos mineiros, no começo da Revolução Industrial. Começa sua vida profissional lecionando na Escola de Minas. Foi encarregado de reorganizar as minas do Oural em 1850.
Publica em 1855 um livro monumental: “Os Operários Europeus” e, em 1864, “A Reforma Social”.
O período se prestava a esse gênero de estudos. Estava-se sob o Segundo Império e, de Napoleão III a Victor Hugo, passando pelos pintores Honoré Daumier e Jean-François Millet e o romancista Eugène Sue, as elites francesas e europeias eram sensíveis aos dramas da condição operária e em busca de soluções.
Note-se que esta compaixão não duraria. Paradoxalmente, ela se transformaria em temor e desprezo no final do século XIX sob a IIIª República. Críticos diziam que o escritor Émile Zola analisaria a condição operária como um entomologista examina os insetos. Quanto aos pintores impressionistas, em voga a partir dos anos 1870, preferiam os temas bucólicos às questões sociais.
Le Play, se prende em suas pesquisas in loco a observação minuciosa de um