Historia do governo russo
Império Russo
Nas primeiras décadas do século XX, os governos da maioria dos países europeus adotavam regimes políticos liberais. O Império Russo, porém, ainda era governado por uma monarquia absolutista, sob o comando de um czar.
Com 175 milhões de habitantes, a população do Império Russo era formada por povos de diversas etnias, línguas e tradições culturais. Mais de 80% dessa população morava no campo e era duramente explorada pela nobreza rural, dona da maioria das terras cultiváveis do país.
O restante da população concentravam-se em cidades populosas como Moscou, São Petersburgo, Odessa e Kiev. Nessas cidades formou-se um operariado de aproximadamente 3 milhões de trabalhadores que recebiam salários miseráveis e viviam submetidos a penosas jornadas de 12 horas de trabalho.
Para defender esses trabalhadores, surgiram várias organizações operárias e um partido político chamado Partido Operário Socialdemocrata que lutava contra a ditadura czarista e por isso foi violentamente perseguido pela polícia política do czar. Seus principais líderes políticos eram Georgi Plekanov, Vladimir Ulianov (Lenin) e Lev Bronstein (Trotski).
Em 1903, os membros do partido Operário Socialdemocrata dividiram-se em dois grupos:
Os mencheviques: a minoria, liderados por Martov e Plekanov;
Os bolcheviques: a maioria, liderados por Lenin. Em agosto de 1914 a Rússia entrou na Primeira Guerra Mundial contra a Alemanha e a Áustria-Hungria. O czar Nicolau II acreditava que por meio da guerra pudesse expandir o Império Russo e diminuir a insatisfação popular.
No entanto, o fato acentuou o descontentamento e precipitou o processo revolucionário. A guerra agravou a situação econômica e social do país. Os soldados, mal-armados e mal alimentados, foram dizimados em derrotas sucessivas. Em dois anos e meio de guerra, a Rússia perdeu quatro milhões de pessoas.
A opinião pública nacional acreditava que o grande