Historia do brasil -problemas na expansão ultra marina
INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA
ALENCASTRO, Luiz Felipe de. A Economia Política dos Descobrimentos. In: Adauto Novaes (Org.). A Descoberta do Homem e do Mundo. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 193-207
RESUMO
Trata o autor de abordar o período da expansão ultramarina portuguesa procurando resumir a problemática política e econômica dos Descobrimentos, situando Portugal e Espanha e suas atuações entre os anos de 1450 e 1640. É nesse contexto de um reino em risco que o texto nos apresenta um Estado Portugues em constante expansionismo “preemptivo”, engatilhado para ganhar territórios do além-mar que poderiam vir a ser ocupados por Madri. Expansão esta que nos séculos 15 e 16 se apodera de pontos-chaves das vias de comunicação mundiais do passado e do presente, balizando as grandes rotas marítimas de comércio. Demonstra o autor que há caráter essencialmente marítimo e mercantil desta política e que esta toma feição propriamente colonial e povoadora em determinadas áreas, e bem mais tarde: no Brasil. Nesse ponto o texto nos remete ao debate entre "colônia de povoamento" e "colônia de exploração" - bastante difundida na historiografia brasileira-. Alencastro passa então a descrever a não-integração econômica do Brasil, que por muito tempo apareceu como um território insular e que só após a exploração do ouro em Minas Gerais começa a emergir, no interior dos domínios portugueses da América do Sul, uma verdadeira territorialidade. Seguindo o texto vemos que o autor nos apresenta uma visão das relações econômicas existentes à época para a monarquia portuguesa, ao citar a "sisa", imposto geral sobre a compra e a venda de qualquer espécie de bens e de mercadorias e que a importância dada aos impostos sobre circulação são em detrimento aos impostos sobre a riqueza. Que ainda por volta de 1520, as receitas fiscais captadas no trato d'alémmar já ultrapassavam as taxas recolhidos na metrópole pelo