Historia da psicologia
3.1 - A Fundação do Funcionalismo - uma fundação não deliberada -
Os pesquisadores associados à fundação do funcionalismo não tinham a ambição de criar uma nova escola de Psicologia. Eles protestavam contra as limitações da Psicologia de Wundt e do estruturalismo de Titchener, mas não desejavam substitui-los. Paradoxalmente, foi o próprio Titchener que pode ter "fundado" a Psicologia funcional ao adoptar a palavra estrutural em oposição a funcional, assinalando as diferenças entre ambas. Ao estabelecer o funcionalismo como oponente, Titchener acaba por torná-lo visível, dando nome ao novo movimento, contribuindo para a sua divulgação.
A Psicologia funcional, como o próprio nome indica, interessa-se pelo funcionamento da mente. Os funcionalistas estudavam a mente não do ponto de vista da sua composição (uma estrutura de elementos mentais), mas como um aglomerado de funções ou processos que levam a consequências práticas no mundo real.
De facto, os funcionalistas adoptaram muitas das descobertas feitas nos laboratórios dos estruturalistas. Não faziam objecções à introspecção nem se opunham ao estudo experimental da consciência. A sua oposição voltava-se para as definições anteriores de Psicologia que eram desprovidas das considerações acerca das funções utilitárias e práticas da mente.
A actual Psicologia americana é funcionalista tanto em termos de orientação como de atitude. Evidencia-se a ênfase nos testes, na aprendizagem, na percepção e em outros processos funcionais que ajudam a nossa adaptação e nos ajustam ao ambiente. O principal interesse dos psicólogos funcionalistas, era a utilidade dos processos mentais para o organismo nas suas permanentes tentativas de se adaptar ao meio ambiente. Os processos mentais eram consideradas actividades que levavam a consequências práticas, o que levou a que os psicólogos se interessassem mais pelos problemas do mundo real.
3.2 - William JAMES (1820-1903)
William James foi o principal