Historia Da Mulher No Futebol
É fato que o futebol feminino no nosso país já é um esporte popular, apesar da falta de um campeonato mais organizado e de patrocinadores para o esporte. As últimas conquistas da seleção nas Olímpiadas e no Pan, além do tetracampeonato de Marta como a melhor jogadora do mundo, contribuíram muito para o desenvolvimento da modalidade.
Mas como foi o início do futebol feminino no país? Muitas atletas antes de Marta suaram a camisa para promover um esporte que até hoje sofre muito preconceito e já foi até proibido por lei. Se o futebol masculino foi, por muito tempo, motivo de polêmica, maior ainda foi com o futebol feminino.
O primeiro registro que se tem sobre futebol feminino vem obviamente da Inglaterra, onde o esporte nasceu numa partida entre Inglaterra x Escócia acontecida em 1898, em Londres. No Brasil, existem registros de partidas mistas, com homens e mulheres juntos, em 1908 e 1909. Durante muito tempo um evento beneficente ocorrido em 1913 foi considerado a primeira partida de futebol feminino no Brasil, mas anos depois foi descoberto que, na verdade, o time “feminino” era formado por jogadores do Sport Club Americano, campeão paulista daquele ano, vestidos de mulher, misturados a “senhoritas da sociedade”.
Sendo assim, então, oficialmente a primeira partida de futebol feminino no Brasil ocorreu em 1921, entre senhoritas dos bairros Tremembé e Cantareira (que hoje seria Santana), na zona norte de São Paulo. Essa partida foi noticiada pelo jornal A Gazeta como uma atração “curiosa”, quando não “cômica”, em meio às festas juninas. Isso porque, naquele tempo, as mulheres tinham um papel secundário no esporte, particularmente no futebol. Em geral, limitavam-se à torcida e a concursos de madrinhas de clubes. Em campo, no máximo, davam o pontapé inicial ou disputavam tiros livres.
O preconceito era muito grande e o futebol era visto como um esporte bruto, impróprio para damas. O exagero era tanto que jogadores de uma partida