Historia da micareta de feira
Nos salões dos clubes ou nas ruas, as músicas dos melhores compositores como Ary Barroso, Lamartine Babo, Noel Rosa, João de Barro, Benedito Lacerda, Haroldo Lobo, Antônio Nássara, Antônio Almeida, Roberto Martins, Ataulfo Alves eram cantadas de forma entusiástica.
Os temas das músicas eram sobre uma beleza romântica sem par, outros engraçados, outros registrando fatos corriqueiros da vida ou mesmo fatos históricos ou políticos, tornando-se desta forma verdadeiros patrimônios da cultura brasileira.
Algumas músicas são tão marcantes, que até mesmo nos dias de hoje são cantadas em momentos de alegria. Entre elas estão: “Allah-lá-ô“ de Haroldo Lobo-Nássara (1940), “Cachaça” de Mirabeau Pinheiro-Lúcio de Castro-Heber Lobato (1953), “Cabeleira do Zezé” de João Roberto Kelly-Roberto Faissal, (1963), “Abre Alas” de Chiquinha Gonzaga (1899), “Ô Balancê” de Braguinha Alberto Ribeiro (1936), “Mamãe eu quero” de Jararaca-Vicente Paiva (1936), “O teu cabelo não nega” de Lamartine Babo-Irmãos Valença (1931) e “Me dá um dinheiro aí” de Ivan Ferreira-Homero Ferreira-Glauco Ferreira (1959).
De década em década as músicas foram sofrendo influências e mudanças o que transformou o carnaval dos dias de hoje um pouco diferentes do da sua origem.
Década de 30
A década de 30, “década de ouro” do Carnaval brasileiro, foi quando surgiram os maiores sucessos de Carnaval de todos os tempos: “Mamãe eu quero”, “Pierrot apaixonado”, “Touradas em Madrid”, “Taí”, “Na Pavuna”, “Dá nela”, “Teu cabelo não nega”, “Linda morena”, “Linda lourinha”, “Cidade maravilhosa”, “A jardineira” e muitas outras. “Dá nela”, de Ary Barroso, foi premiada em primeiro lugar, como melhor música da década.
“Pra você gostar de mim”, de Joubert de Carvalho (mais conhecida como “Taí”), consagrou a carreira de Carmen Miranda. “Na Pavuna”, foi gravada com a inclusão de instrumentos de percussão, segundo Almirante, utilizados