Historia da enfermagem
Durante milhares de anos, os cuidados não pertenciam a um orifício, menos ainda a uma profissão. Qualquer pessoa que ajudasse seus semelhantes e garantisse a eles o que era necessário para continuar vivendo era considerado um cuidador .
Assim, cuidar de um doente geralmente era uma ação praticada como obra de caridade, jamais para obter remuneração.
A ação de cuidar ou tomar conta de pessoas se confunde com o trabalho das mães no cuidado prestado aos filhos, ou com o cuidado oferecido a pessoas dependentes, como idosos, feridos ou doentes. A primeira forma de manifestação do cuidado humano se deu através da proteção materna instintiva.
Como símbolo a fecundidade, a mulher fica responsável pelos cuidados relacionados a nascimentos, crianças, doentes e idosos; já que os homens, por serem dotados de mais força física, deveriam cuidar de ferimentos de guerra, traumatismo e fraturas, assim como dominar pessoas agitadas ou embriagadas.
Dessa antiga distribuição de cuidados surgiu a primeira divisão sexuada do trabalho na enfermagem, pois até hoje se percebe a maior afinidade das mulheres pela assistência às crianças e parturientes, enquanto o homem ficou mais próximo da ortopedia e da psiquiatria.
Até meados do século XIX, era praticamente nula a assistência aos enfermos nos hospitais, onde a insalubridade aumentava ainda mais o número de mortos. Em 1854, Florence Nightingale seguiu para a Guerra da Crimeia, prestando atendimento a quatro mil feridos em dois hospitais. Florence ficou conhecida como a “Dama da Lâmpada”, pois ela percorria as enfermaria á noite como uma lamparina na mão.