Historia da educaçao
Com a chamada crise do século XIV na qual as sociedades europeias foram fortemente abaladas pelas guerras, a fome e a Peste Negra, a estrutura social, econômica e política dominante desde o século V, que caracterizava a Idade Média, começava a ser contestada por novos grupos sociais que procuravam dar uma nova ordem tendo o homem e as necessidades humanas como centro das atenções e não mais Deus.
Novos valores e formas de pensamento baseados em um crescente racionalismo e individualismo surgem como forma de reerguer uma Europa dividida pelos interesses comerciais e materialistas dos Estados Nacionais absolutistas em formação.
O Rei e a nobreza, associados à burguesia comercial, buscam no mercantilismo fórmulas alternativas para a sustentação econômica de uma nova sociedade.
Na transição do século XIV para o XV, a Igreja Católica, instituição símbolo da unidade cultural e religiosa e guardiã dos valores cristãos, não consegue dar sustentação ideológica ao moderno mundo que estava emergindo dos escombros da sociedade medieval.
Na educação, a crise do modelo escolástico permite o avanço do humanismo, o que significou a valorização do pensamento humano nas artes, na filosofia e uma maior secularização do saber. O homem desvia-se do céu para se preocupar mais com as coisas da terra.
Com isso observa-se um aumento do número de colégios voltados à educação dos filhos, principalmente da burguesia, a fim de melhor prepará-los para a administração dos negócios da família. A Reforma Protestante foi um movimento religioso, no século XVI, que mudou consideravelmente os rumos da sociedade e da educação na Europa. A unidade da fé e o monopólio da interpretação das escrituras sagradas, até então sob o controle da Igreja Católica, foi rompida de forma