historia da arte
Michelangelo teve uma vida muito difícil desde sua infância. Filho adotivo, seu pai era um cortador de pedra que não aceitava a vocação artística do filho, e com frequência o espancava a fim de que escolhesse uma profissão “respeitável”.
Mas o príncipe Lourenço o Magnífico, reconheceu cedo o talento do jovem de 15 anos, e o levou para a corte florentina, onde o tratou como a um filho.
Foi Michelangelo quem mais contribuiu para elevar o status do artista. Acreditando que a criatividade era uma inspiração divina, quebrou todas as normas. Acreditava que, entre todas as artes, a mais próxima de Deus era a escultura, e tinha nítida preferência por essa modalidade artística.
FIG. 01 – Michelangelo, Pietá, mármore. Basílica de S. Pedro, Roma.
Segundo ele, sua técnica consistia em libertar do mármore frio e rígido, as figuras que a pedra aprisionava, e fazia isso com maestria. Sua enorme genialidade associada a sua imensa solidão, foram seus companheiros inseparáveis durante toda a sua longa vida (1475-1564).
O primeiro trabalho a lhe trazer fama, quando ainda tinha cerca de 23 anos, foi Pietá (Cristo descido da cruz) que refletia uma solene severidade, e era envolto em um profundo véu de tristeza.
O artista era capaz de imprimir vida ao mármore com impressionante capacidade. Além de questões como a anatomia perfeita, onde era capaz de quase fazer pulsar a pedra inerte, imprimia sentimentos às suas figuras. As veias e músculos no braço de Jesus, o semblante sereno e triste de Maria, são flagrantes dessa capacidade em retratar a anatomia humana e os sentimentos, e expressa-los através do mármore frio e rígido.
A composição da Pietá desenvolve-se dentro de uma figura geométrica muito utilizada pelos artistas na época, o triângulo. Nessa época, era comum que os artistas dissecassem cadáveres para estudar a anatomia humana, a fim de enriquecerem seus trabalhos de pintura e escultura.
A Renascença trouxe ao mundo então, incontáveis