historia cultural
Edvânia Soares Santos
Durante primeira metade do século XIX era bastante comum no Brasil os sepultamentos no interior e ao redor das igrejas. Forma de manter os corpos e a alma o mais próximo possível dos santos, sendo assim depositando seus corpos em lugar sagrado. Porém havia uma preocupação a respeito da morte, e como seria seu cortejo final entre os vivos, logo se era escrito um testamento nele indicando os seus desejos, designando a quantidade de missas a ser celebrada em sufrágio de sua alma, qual seria o padre celebrante, ou seja, suas vontades finais estavam ali documentadas, cabendo aos familiares e amigos à realização.
Cumpre, portanto explicitar que o referente ritual sua base principal estava ligada a religiosidade e a familiaridade, pois, ao frequentar as igrejas pisavam, sentavam e oravam sobre seus mortos. No entanto surgem indagações refutando a ideia de vivos e mortos ocuparem a mesma atmosfera, pois os corpos em estado de decomposição liberavam gases pútridos, existindo um choque de odor entre os incensos e os mortos.
Na casa de Deos não devemos respirar outro ar que o puro ambiente da atmosfera e sentir outros cheiros que dos incensos thurificados ao altíssimo, absorvem o corrupto de miasma pútridos que se evaporão dos cadáveres, é impregnação a mesma atmosfera, e motiva mil enfermidades.
Concomitantemente essa questão esclarece o quão se é imprescindível à remoção dos cadáveres a cemitérios distantes das cidades onde o ar possa levar o odor para longe, desse modo dificultando a proliferação de doenças. Evidentemente esse caso higiênico e de saúde pública, sendo de obrigação de o estado fornecer medidas para a população. Assim os sepultamentos nas Igrejas tornam-se proibidos, ocorrendo os sepultamentos fora das cidades causando descontentamento de grande parte da população não conformada