Histologia e fisiologia vegetal
CURSO TÉCNICO EM BIOTECNOLOGIA
HISTOLOGIA E FISIOLOGIA VEGETAL
AS DEFESAS VEGETAIS
As plantas estão equipadas com diversos mecanismos para se defenderem de doenças, pragas e predadores. Esses mecanismos podem ser barreiras físicas também chamadas de barreiras morfológicas ou podem ser defesas químicas, que são metabólitos tóxicos ou repelentes, que atuam minimizando o dano e reduzindo a palatabilidade. Entre as defesas físicas das plantas estão os tricomas, que existem de formas variadas e além de serem vantajosos para plantas de ambientes secos e quentes, já que reduzem a perda de água por transpiração, ainda ajudam a repelir insetos, pois alguns tipos de tricomas são capazes de expelir substancias que podem causar imobilidade dos membros e até matar o animal. Tambem são exemplos de defesas físicas a cobertura por cutícula lipídica da epiderme foliar, que dificulta a penetração de fungos e é uma barreira para a ação de insetos que se alimentam de plantas, e os cristais de oxalato de cálcio no mesófilo, também importantes contra a herbivoria por terem propriedades irritantes.
Já as defesas químicas são as diversas substancias produzidas pelas plantas que possuem funções variadas e garantem vantagens para a sobrevivência. Existem compostos químicos que reduzem a disponibilidade de proteína para herbívoros, retardam o crescimento de lagartas e interferem em vias metabólicas específicas e processos fisiológicos dos insetos que os ingere.
Um tipo de defesa química das plantas, as fitoalexinas, que podem ser encontradas acumuladas temporariamente ao redor de infecções, tem ação inibidora sobre diversos microrganismos, como bactérias e fungos, tem sido muito estudadas na área da biotecnologia para a produção de antibióticos e síntese de defensivos agrícolas naturais. Outra possível aplicação é a modificação de vegetais através da engenharia genética, transferindo os genes responsáveis pela