Hist rico do Direito Coletivo do Trabalho
Podemos dizer que a necessidade de atuar em associação nasce com o próprio homem. Deriva de sua própria natureza, pois, ao perceber que não pode prosperar sozinho, o homem passa a atuar em conjunto com seus iguais, garantindo mais força e proteção para todo o grupo. No início, esse grupo era formado pela família, os entes mais próximos, depois, pela comunidade. Hoje, as associações ultrapassam as barreiras e unem imensas classes em um só corpo, fortalecendo e se tornando poderosas para a defesa de seus membros.
Na antiguidade, já no Egito eram observadas associações de trabalhadores, embora ainda não fossem reconhecidas pelo estado. Reconhecimento este que veio a partir da Grécia Antiga, quando suas normas já permitiam e regulamentavam as associações. Por fim, em Roma, esses grupos de trabalhadores foram inseridos de vez no conceito de associações.
Na Idade Média, observamos a existência das corporações de ofício, que nada mais eram que associações de pessoas que tinham o mesmo ofício. Nelas, havia uma divisão hierárquica entre mestres, companheiros e aprendizes e cabia aos mestres tomar as decisões pela associação. Diferentemente do que acontece hoje, quando as associações se voltam perante o outro lado do contrato de trabalho, as corporações de ofício serviam para opor os interesses dos trabalhadores de uma classe aos dos consumidores, determinando preços e condições para o exercício da profissão.
Contudo, foi apenas com o advento da Revolução Industrial que os trabalhadores despertaram para a importância de estarem unidos, para que possuíssem um maior poder de barganha para defender os interesses da classe. Doutrinadores apontam que a Inglaterra é o berço do sindicalismo, uma vez que os primeiros movimentos coordenados de trabalhadores em busca de melhores condições de trabalho aconteceram lá.
No entanto, tratava-se de um ambiente desfavorável para o desenvolvimento do sindicalismo, visto que imperava a filosofia