Fim do Império Ao longo do tempo, várias questões causaram a perda de prestígio do regime monárquico e a proclamação da República. Questão sucessória: A princesa Isabel, sucessora do trono, era casada com o francês Conde d’Eu, o que gerava o receio em parte da população de que o país fosse governado por um estrangeiro. A Inglaterra também não queria que o conde d’Eu assumisse o poder, pois poderia perder os laços políticos e o comércio com o Brasil. Questão abolicionista: À medida que novas leis que favoreciam os escravos eram criadas, com o apoio da Inglaterra, surgia uma crise agrícola pela falta de mão de obra na lavoura. Dessa forma, os fazendeiros se viram obrigados a contratar trabalhadores assalariados, entre eles, os imigrantes. Isso se agravou quando foi assinada a lei Áurea, em 1888, libertando todos os escravos. Então, os senhores de escravos, por se sentirem abandonados pela monarquia, eles acabaram abandonando – a, passando a apoiar a causa republicana. Questão religiosa: Durante a monarquia, a Igreja era submetida ao Estado (Padroado) e o Imperador tinha o direito de vetar ordens papais. Na Europa, o Papa entrou em choque com a maçonaria e decretou o Bula Sylabus, proibindo maçons na Igreja. No Brasil, D. Pedro II, por ser maçom, vetou a bula papal. No entanto, dois bispos (o de Olinda e o de Belém) resolveram acatar a ordem do papa e por isto, foram presos e julgados, provocando o choque da monarquia com a Igreja Católica. Questão militar: Uma série de fatores envolvendo o Exército e o governo imperial levaram à questão militar. Os membros do Exército recebiam baixa remuneração e a corporação era sucateada. Os militares não podiam participar da vida política do país e eram subordinados a civis, que ocupavam altos cargos no Império. Além disso, promoções eram difíceis de serem obtidas, existindo um pequeno grupo de privilegiados pelo governo. Os militares do Exército se sentiam desrespeitados e desprestigiados pelo regime