his pedagogia
1- Com base nos textos de Rizkat (2000) e Villela (2000), que abrangem a escolarização, o nascer da escola no Brasil, e o magistério em si, começa relatando a imagem ideal de uma preceptora, vestidos de mangas longas, arrematado no pescoço por uma fita, cabelos presos ao alto por um coque fofo, no rosto jovem de pele clara e delicada, os olhos denunciam um pensamento distante, na boca um sorriso discreto e enigmático, 22 anos, formada professora.
Ser preceptora, mercenária ou missionaria da educação: A preceptora é por definição uma mulher que ensina em domicilio ou uma mulher que habita com a família para fazer companhia e dar aula as crianças. Na memória de seus alunos, essas mulheres (professoras) são amigas, sensíveis e delicadas, e também sádica, rude e impiedosa. Na literatura sua presença e igualmente marcada por imagens arrogantes, rígidas, obcecadas por regras, e mal – humoradas. São também vista, principalmente pelos pais dessas crianças, como a pobre coitada, um ser desamparado pelo mundo, e algumas donas de casa ainda acham que elas (as professoras) são o perigo erótico, que fazem com que os homens se apaixonem e destruam seus lares.
As preceptoras representavam no seu tempo um novo tipo social feminino, ou seja, a mulher que baseia sua autoestima na própria qualificação profissional. Assim, as jovens oriundas da aristocracia, empobrecidas ou desprovidas da sorte do casamento, frequentemente se empregavam como preceptoras nas casas de ricas famílias, uma ocupação amarga, marcada muitas vezes pela exploração e pela falta de reconhecimento, raramente comtemplada com um amor.
Já nas primeiras décadas do século XIX, famílias de nível médio passaram a contratar essas professoras para seu prestigio e status. Mas afinal, quem eram essas mulheres? Quais as razões por sua contratação por grandes famílias ricas? Qual era o seu salário? Que formações escolares recebiam? As crescentes exigências de