Hipátia era uma mulher muito a frente de seu tempo. Como filosofa detinha grande conhecimento, algo incomum para o sexo feminino naquela época. Era uma pessoa muito inteligente e admirada, tanto que possuía discípulos para os quais repassava seus ensinamentos e questionamentos. Por uma guerra religiosa, Hipátia foi acusada de ateísmo e bruxaria, e foi morta injustamente por não se converter ao cristianismo e nem negar seus estudos. Tal situação pode ser comparada a morte de outras duas personalidades importantes ao longo da historia, Sócrates e Galileu Galilei. Porém a diferença entre elas é pelo fato de terem possuído a chance de um julgamento e uma sentença, algo que Hipátia em sua condição de mulher não possuiu na época. A doutrina cristã defendia a mulher submetida ao homem e não detentora de conhecimentos avançados, por isso a imagem de Hipátia, uma mulher totalmente dedicada as suas pesquisas e que não pretendia se casar foi alvo de forte discriminação. Naquela época as mulheres não possuíam qualquer tipo de direito, portanto a influência de Hipátia não foi bem vinda. Devido à ausência de direitos, não seria possível executar um julgamento e uma determinada sentença para a filósofa. Entretanto, se formos analisar esse caso nos dias de hoje, é possível utilizar argumentos para sua defesa. Um dos principais seria os direitos que a mulher conquistou ao longo do tempo, dos quais destaco: garantia do direito a vida, liberdade, igualdade e a estar livre de descriminações, direito a educação, a liberdade de pensamento, a liberdade de reunião e participação política. Portanto, na atualidade e com as devidas aquisições feitas pelas mulheres, Hipátia jamais seria acusada do que foi antigamente. Tudo que a filosofa se empenhou em fazer foi defender a sua crença nos estudos e na filosofia. Não concordar com a morte de milhares de pessoas e a imposição de uma cultura sobre a outra. Não negar seus estudos e ser coerente com o que ensinou aos seus discípulos.