Hipsters
Como surgiu...
O movimento surgiu nos Estados Unidos por volta dos anos 40 com a descoberta do Jazz e da cultura afro-americana pelos wasp (brancos, anglo-saxões, protestantes), mas os hipsters conhecidos atualmente começaram aparecer em São Francisco nos anos 2000, pois com o avanço dos centros financeiros pela cidade, aspirantes a artistas que tinham empregos durante o dia em bares e cafés acabaram entrando em contato com jovens ricos empreendedores. Dessa reunião, surgiram profissionais de design, marketing e desenvolvimento de web, que viviam próximos aos mais bem-sucedidos, mas mantinham uma postura mais despojada. Queriam mostrar atitude ao mesmo tempo em que eram ativos na sociedade de consumo. Dessa mistura veio o visual, a postura calculadamente desleixada e a ironia elitista como forma de expressão.
No Brasil...
No Brasil, não por acaso, aqueles que se assemelham ao hipster americano contemporâneo também estão concentrados entre regiões ricas de grandes centros urbanos. Em São Paulo, a cidade do país que talvez mais se aproxime da meca hipster mundial, San Francisco, eles frequentam galerias de arte urbana e circulam entre bairros em que há um claro cruzamento de tribos e gostos. “Não conheço ninguém que se denomina hipster, mas pelo que vejo eu sou e nem sei”, diz Victoria Flaksbaum, 18 anos, que à noite é DJ em uma boate no Baixo Augusta, região de bares e clubes noturnos da cidade, e durante o dia trabalha em um brechó.
Mas o que é mesmo...
Até mesmo o professor americano Mark Greif, que passou anos investigando as características dos hipsters para escrever o livro, What Was the Hipster? A Sociological Investigation - O Que Foi o Hipster? Uma Investigação Sociológica -, tem ainda hoje dificuldade para definir do que se trata. Mas em uma tentativa de resumir em apenas uma frase, disse: “É alguém que quer o lado cool da contracultura e da rebeldia juntamente com os privilégios de riqueza e do consumo — querendo