Hippies
Na década de 1960, a cultura jovem ganhou uma visível repercussão por meio de diferentes manifestações políticas e artísticas. Em várias situações, vemos que a sociedade de consumo é alvo do protesto de jovens estudantes engajados. Um pouco antes desse período, o movimento beatnik, nos EUA, já trilhava uma série de críticas que ia contra os padrões da sociedade industrial. Logo em seguida, os hippies apareciam como defensores de um modelo de vida alternativo.
Em muitas situações, os jovens atrelados a esse movimento criticavam os padrões morais de um tempo em que as guerras ceifavam a vida de milhares de inocentes. Não por acaso, o pacifismo do movimento hippie comungava com a defesa de uma nova sociedade, de outros padrões que pudessem alcançar uma sonhada harmonia de grande amplitude. Apesar de visivelmente pretensiosos, muitos jovens saíram do conforto do seu lar para viverem em sociedades dotadas de outros valores e anseios.
O interesse em conhecer e defender outros padrões de vida e comportamento acabou propiciando o desenvolvimento de toda uma cultura de forte expressão nos anos de 1960. Grandes ícones da “folk song” e do “rock’n’roll” norte-americano escreviam letras que abordavam os valores e situações de interesse dos hippies. Não se limitando a esse nicho específico, muitas dessas manifestações artísticas foram propagadas, via indústria cultural, para a população jovem de outros países.
A popularização desses valores acabou atingindo o Brasil e, em pouco tempo, poderíamos observar a presença de jovens e artistas que também buscaram se debandar dos padrões da época. Para que a presença dessa “vertente brasileira” possa ser inserida no contexto da sala de aula, indicamos o trabalho com a música “Primeira Canção da Estrada”, composta pelo trio “Sá, Rodrix & Guarabyra”.
Organizando um material em que os alunos possam acompanhar a execução desse exemplo musical, o professor deve elaborar uma linha de análise construída a partir de um