hippie
O movimento e cultura hippie nasceu e teve o seu maior desenvolvimento nos EUA. Foi um movimento de uma juventude rica e escolarizada que recusava a injustiças e desigualdades da sociedade americana, nomeadamente a segregação racial. Desconfiava do poder económico-militar e defendia os valores da natureza.
Na sua expressão mais radical, os jovens hippies abandonavam o conforto dos lares paternos e rumavam para as cidades, principalmente S. Francisco, para aí viver em comunidade com outros hippies; noutros casos estabeleceram-se em comunas rurais.
Dois valores defendidos eram a paz e o amor. Opunham-se a todas as guerras, incluindo a que o seu próprio país travava no Vietnam. Defendiam o amor livre, quer no sentido de amar o próximo, quer no de praticar uma atividade sexual bastante libertária. Podia-se partilhar tudo, desde a comida aos companheiros. A palavra de ordem que melhor resume este sentimento foi a famosa Make Love Not War.
Os hippies apreciavam a filosofia oriental, o que significava alguns aspectos da religião hindu misturada com doutrina da não violência de Gandi. Numa das ações mais espectaculares (e mais ridículas) um numeroso grupo de hippies rodeou o Pentágono (sede do aparelho militar americano) e tentou fazê-lo levitar com apenas com a força da meditação.
Estabeleceu-se um estilo hippie, com roupas coloridas, túnicas, sandálias, cabelos compridos em ambos os sexos. A flor foi um dos seus símbolos e chegou a usar-se a expressão flower Power como designação do movimento. Uma das canções-hino do movimento, S. Francisco, aconselhava aqueles que rumavam à cidade dos hippies: Be sure to wear some flowers in your hair (não te esqueças de usar algumas flores no teu cabelo). O símbolo da paz (com origem em Inglaterra, nos anos 50, no seio do movimento para o desarmamento) tornou-se igualmente no símbolo hippie:
Outro aspecto valorizado era o uso de drogas, o que foi facilitado pelo surgimento de drogas químicas, tais como o LSD,