Hipoxia e psicologia
A falta ou diminuição de oxigenação no cérebro do bebê, no nascimento, ocorre por algum problema no momento do parto e pode deixar seqüelas do ponto de vista orgânico, como uma lesão neurológica – a encefalopatia hipóxico-isquêmica (EHI), constituindo um verdadeiro fator de risco para o desenvolvimento da criança, ocorrendo dificuldade em iniciar e manter a respiração após o nascimento, alteração do nível de consciência, hipotonia, diminuição dos reflexos, depressão respiratória, dificuldade de deglutição, como também acarretar problemas relacionados à constituição psíquica desse bebê. Mas a neuroplasticidade do cérebro humano é mais acentuada nos primeiros anos de vida e suscetível à estimulação. Por isso a evolução das crianças com alterações do desenvolvimento poderia ser otimizada pelo diagnóstico e intervenção precoces. Uma das formas de se estimular esta criança é garantindo um vínculo mãe-bebê, já que este oferece tranquilidade e é organizador das tensões do bebê. As reações cerebrais são positivas, pois ele sente satisfação com um vínculo seguro e o cérebro libera endorfinas pelo Sistema Nervoso Central (SNC), contribuindo para o processo de maturação neurológica e para o aumento de células e de sinapses ao longo de seu desenvolvimento.
É importante um bom vínculo mãe-bebê para favorecer ao desenvolvimento mais saudável da criança, realiza uma assistência junto a essa díade.
Para isso, utiliza-se de entrevistas, escuta psicológica e orientações à mãe quanto às diversas maneiras que poderá estimular sua criança.
As intervenções foram realizadas até o momento da alta hospitalar e mostraram-se significativas, à medida que era facilitado o diálogo com a equipe e seu vínculo mãe-bebê foi ampliado, além de incentivar a participação da família o que possibilitou mais segurança à mãe para vivenciar esta