HIPOPLASIA E AGENESIA DO TRATO REPRODUTIVO EM VACA FINAL
Hipoplasia é o termo empregado quando órgãos apresentam-se em tamanho diminuído, com funcionalidade comprometida, onde os animais afetados apresentam trato reprodutivo infantil. Associada ou não a hipoplasia, a agenesia é uma alteração caracterizada pela ausência ou formação incompleta do órgão. Ela possui caráter hereditário podendo ser bilateral ou unilateral em órgãos pares. Neste caso, também há apresentação de trato reprodutivo infantil.
Dentre algumas más formações no trato reprodutivo encontram-se a agenesia gonadal, que ocorre geralmente por falha na migração das células germinativas do saco vitelino para a crista gonadal, a aplasia segmentar, caracterizada pela ausência de porções do corno uterino, uni ou bilateral, e a hipoplasia uterina, decorrente da aplasia ovariana bilateral que leva a uma falha do desenvolvimento uterino.
O presente trabalho objetiva relatar um caso de hipoplasia e agenesia no trato reprodutivo feminino encontrado em uma peça bovina de frigorífico no município de Alegre, Espírito Santo, além de relatar as possíveis causas e consequências dessas alterações.
A má formação pode aparecer em qualquer uma das estruturas do aparelho reprodutivo podendo levar a condições de subfertilidade, infertilidade ou de esterilidade e suas causas são classificadas em primárias e secundárias.
As alterações primárias representam anomalias localizadas, de origem hereditária ou congênita, caracterizadas pela ausência da estrutura anatômica essencial para a reprodução. Por outro lado, as alterações secundárias envolvem casos de subfertilidade por acometimento de outros sistemas que repercute sobre o trato genital.
Dentre as causas, têm-se as de caráter genético, principalmente por genes recessivos, e o freemartinismo, resultante da anastomose dos vasos das membranas fetais na gestação gemelar de fetos heterossexuais, onde níveis de masculinização são lançados para o trato reprodutivo da