Hipolito
Docente: Alexandre Agnolon
Questões:
1) No livro X da República, explique qual a função do mito do ER no desenho narrativo e argumentativo da obra, e de que forma isso se contrapõem a noção de contradição insolúvel que é para muitos críticos um dos traços mais recorrentes do gênero trágico.
2) Numa conhecida passagem de Hipólito, a personagem Fedra, em diálogo com sua Ama, confessa sua impotência para controlar sua paixão pelo enteado, paixão que ela mesma conhece como condenada. Tendo como referência o livro X da República, explique até que ponto o trecho de Eurípedes entra em choque com a teoria da alma de Platão, procurando articular tal discrepância ao argumento empregado pelo filósofo para expulsar o poeta da Polis.
O mito do ER é uma narrativa sobre um homem que era bom na terra, e que morreu em combate, depois de doze dias voltou a terra para narrar o que viu no além. O essencial que ele dizia era que qualquer pessoa que cometesse qualquer tipo de injustiça ou crime pagavam sua pena dez vezes por cada, quer dizer que, uma vez em cada cem anos, sendo esta a duração da vida humana a fim de pagarem decuplicando- a, a pena do crime. E depois disso poderiam se glorificar aos céus. A função do mito do ER no desenho narrativo argumentativo é sintetizar toda a argumentação Platônica desenvolvida no livro X da República. Para explicar a contradição insolúvel podemos citar como exemplo o texto de Sófocles – Édipo Rei que é um gênero trágico e que conta uma historia que o personagem principal não tem como escapar do seu destino, pois Édipo era uma pessoa boa e o seu destino já estava escrito, não tinha como ele mudar o que os deuses do oraculo tinham profetizado quando ele nasceu. No mito do ER a pessoa tem a chance de mudar seu destino e na tragédia de Sófocles não, pois já está escrito pelos deuses e não pode ser mudado o seu destino. Sobre a narrativa do texto de Hipólito podemos dizer que por pura inveja do amor de