Hipo e hipertireoidismo
De acordo com os resultados recentes do censo IBGE 2010, as doenças endócrinas, como diabetes, obesidade e disfunções na tireoide respondem pela segunda causa que mais mata mulheres no país (7,8%), atrás apenas das doenças cardiovasculares. A tireoide é uma glândula endócrina que existe para harmonizar o funcionamento do organismo. Localizada no pescoço, é responsável pela produção de dois hormônios o T3 (tri-iodotironina) e o T4 (tiroxina), que estimulam o metabolismo e interferem no desempenho de órgãos como coração e rins, chegando a alterar o ciclo menstrual.
Por toda essa importância, a glândula tireoide precisa estar em perfeita ordem. Quando isso não acontece, o próprio corpo dá o alerta. Os tipos mais comuns de disfunção da tireoide são:
1. hipertireoidismo (liberação de hormônios em excesso, que aceleram muito o metabolismo);
2. hipotireoidismo (a glândula libera o T3 e o T4 em menor quantidade do que o necessário). No segundo caso e mais comum, o hipotireoidismo, os sintomas mais frequentes são desânimo, cansaço, sonolência, pele seca, inchaço dos olhos, lentidão física e mental. A doença costuma atingir vários membros de uma mesma família. Porém, o diagnóstico nem sempre é fácil, pois os sintomas podem ser atribuídos a outras doenças que se manifestam de forma semelhante, como depressão e anemia. A seguir, a endocrinologista Laura Ward, da Unicamp, esclarece oito dúvidas mais comuns sobre o hipotireoidismo.
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1.Os sintomas podem ser identificados com clareza?
Os sintomas, infelizmente, são pouco específicos e se instalam lentamente, o que pode confundir as pessoas. Além disso, podem atingir vários órgãos, pois a tireoide é importante para regular o funcionamento de alguns sistemas do corpo, como cardiovascular, gástrico e nervoso. São: sentir frio, mesmo quando a temperatura não está baixa; desânimo; falta de interesse de todos os tipos, incluindo interesse para atividades corriqueiras ou prazerosas; lentidão de