Hip Hop como lIteratura marginal
O Presente trabalho tem por objetivo fazer uma apresentação do movimento hip- hop, situando-o dentro da chamada literatura Marginal. A fim de chamar a atenção para o cenário hip-hop, não apenas como um fenômeno para a área dos estudos sociológicos e sim para o campo da literatura, pois estamos lidando com produções culturais de jovens de periferia que estão buscando uma auto representação. Para este fim me apoiarei em alguns teóricos que discutem conceitos fundamentais para o nosso objetivo como: Michel Focault , Nelson Maca,Ana Lucia Souza, Waldemir Rosa e outros que se despuseram a pensar sobre esse tema.A meu ver é de extrema importância trazermos uma pequena discussão do que venha ser essa Literatura Marginal e porque o movimento Hip- Hop é incluso nessa definição de marginal?
A literatura surge no cenário contemporâneo a partir do momento que retrata com veemência a periferia e também passa a denunciar problemas de cunho social, político e econômico. Esses escritores dessas regiões periféricas, que são denominados escritores “marginais” dão a voz a esses grupos minoritários que durante muito tempo foram excluídos dessa sociedade “cretina” e ao mesmo tempo desenvolvem nesses grupos o discernimento crítico da sua própria condição social.A idéá de que existe um poder que foi colocado nas mãos de um personagem ilustrado remete a concepção problematizada desse marginal que necessita de certa forma ser representa e o próprio Foucalt refuta esses aspectos em seus textos.
O marginal se apropria de coisas voltadas para o centro, uma vez que essas escritas periféricas, ou seja, essas letras de músicas se constituem na base da heterogeneidade, haja a vista que esses grupos “marginais desejam ser representados”, portanto a postura desse sujeito dito “marginal” ainda é bastante problematizado e tal conceito está intimamente relacionado com a indústria cultural.
O próprio Vilarraga traz essa questão da representação:
...As confusões e as