Hip hop
28 a 30 de maio de 2008
Faculdade de Comunicação/UFBa, Salvador-Bahia-Brasil.
HIP HOP: CULTURA, ARTE E MOVIMENTO
NO ESPAÇO DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Clotildes Maria de Jesus Oliveira Cazé1
Adriana da Silva Oliveira2
Resumo: Perceber o movimento Hip Hop como possibilidade de compreender o pensamento mestiço e de que forma este processo se dá no encontro da dança do Break, do Graffiti e do Rap, mobilizando corpos, movimentos, sons, desenhos e espaços é o interesse deste artigo. Apresentar a Teoria da Mestiçagem Cultural como uma das possíveis estratégias de permanência deste movimento no mundo e a sua presença no corpo que dança como fruto do trânsito entre natureza e cultura. Traz a contribuição de autores como Balbino, Costa, Domenici, Pinheiro, Tomasello e Santos para entender o
Movimento Hip Hop, sua relação com a dança, com o pensamento mestiço e com o ambiente no qual estas instâncias se constituem como corpo vivo ético, estético e político em uma cultura que está sempre em movimento.
Palavras-chave: Hip Hop, Cultura, Dança, Corpo, Mestiçagem Cultural
Com certeza, se é verdade que qualquer atividade humana possa ser cultura, ela não o é necessariamente ou não é ainda forçosamente reconhecida como tal. Para que haja verdadeiramente cultura, não basta ser autor de práticas sociais; é preciso que essas práticas sociais tenham significado para aquele que as realiza.
(CERTEAU, 1995; 141).
Pensar em Hip Hop sempre traz alguns questionamentos. O que é o Hip Hop?
Uma cultura contemporânea, uma forma de arte contemporânea ou um movimento de contestação em um espaço contemporâneo? As denominações diferem, entretanto, para
Costa (2005) o Hip Hop é a junção de todas estas idéias e um pouco mais.
O Hip Hop é uma estratégia de sobrevivência da cultura popular, é uma forma de visibilidade de grupos de excluídos das possibilidades. É uma ação política que acontece a partir do corpo