Higiene ocupacional
Excertos e adaptação do Cap. I do “White Book” da AIHA, de Vernon Rose. A identificação da origem da prática da higiene industrial é difícil, ou impossível.
Como antigos cronistas de riscos ocupacionais e medidas de controle, que podem ser considerados fundadores, temos:Agricola, em 1556, descreveu as doenças e acidentes na mineração, fundição e refino de metais, com medidas de controle, incluindo ventilação. - Plinius Secundus (Plínio, o Velho), antes ainda, no século I, escreveu que os fundidores envolviam as faces com bexigas de animais, para não inalar as poeiras fatais - Outros, que (apenas) identificaram os problemas, merecem menção, como Hipócrates (séc. IV aC), com as primeiras menções de doenças ocupacionais ( intoxicações por chumbo) - Também deve ser lembrado o trabalho de Bernardino Ramazzini(1713), um tratado completo de doenças ocupacionais. - (Estas contribuições serão detalhadas mais adiante
Entretanto, o reconhecimento de um vínculo causal entre os riscos dos ambientes de trabalho e as doenças foi o passo fundamental no desenvolvimento da prática da Higiene Industrial.
As observações médicas, de Hipócrates a Ramazzini e estendendo-se ao século XX, da relação entre trabalho e doença, são o fundamento da profissão.
Mas o reconhecimento de riscos sem a intervenção e o controle, isto é , sem a prevenção da doença, não qualifica um indivíduo como um higienista industrial.
As leis reativas ao desastre ocupacional da revolução industrial trataram de tentar disciplinar o combate aos novos perigos ocupacionais. O Factory Act de 1864 requeria o uso de ventilação diluidora para reduzir os contaminantes , e o de
1878 especificava o uso de ventiladores para exaustão.
O divisor de águas para higiene e a medicina industrial veio com Factory Act britânico de 1901, que iniciou a regulamentação das ocupações perigosas.
As regulamentações criaram ímpeto para a investigação dos riscos dos locais