Hidrovia Tietê-Paraná
O Brasil é um país de dimensões continentais. Segundo o IBGE (2000) – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – são 8.514.876,599 km2 de área. Destes em torno de 8.000 km são de regiões costeiras e mais de 40.000 km de vias potencialmente navegáveis. Mesmo assim, o transporte hidroviário de cargas corresponde somente a 13,6% de toda a carga que é transportada no Brasil, segundo a Confederação Nacional do Transporte (CNT). Enquanto isso, as cargas transportadas pelas estradas brasileiras chegam a 61,1% do total.
Diante desses números colossais é que surgiu o grande desafio para os gestores logísticos: como movimentar cargas ao longo de grandes distâncias sem perder competitividade, no menor tempo possível e reduzindo os custos é claro.
Segundo artigo da Gazeta Mercantil Latino Americana (2001), o Diretor da Agência de Desenvolvimento Tietê-Paraná – ADTP, Carlos Schad, comentou que: “ No Brasil, os investimentos em Logística crescem, em média, 20,0% ao ano desde 1996”. Conforme revelam estudos realizados pela ADTP – publicados no referido jornal, a Logística movimenta US$ 105 bilhões por ano no Brasil, o que corresponde a cerca de 18,0% do PIB nacional.
Dentre os 5 modais básicos de transporte (hidroviário, rodoviário, ferroviário, aeroviário e dutoviário) existe um que impressiona pelos números, é o hidroviário.
Segundo Ballou (2006), o modal hidroviário é o mais antigo modal de transporte, tendo como característica marcante a capacidade de transportar quantidades extremamente grandes de materiais em um único frete.
Já para Novaes (2004) ele é dividido em transporte fluvial e lacustre (hidroviário interior) e o transporte marítimo.
Uma pesquisa Aquaviária da CNT que foi realizada em 2005 apontou que os principais produtos transportados por cabotagem são alimentos (20,8%), produtos químicos e inflamáveis (17,7%), celulose e papel (10,0%) e eletroeletrônicos (9,2%).
Diante desses números, a motivação em buscar um sistema de