Hidro
01/02/2010 12:50
*Por Luiz Ribeiro - Estado de Minas
O anúncio de investimentos para a exploração das jazidas de minério de ferro descobertas no Norte de Minas – estimadas em 12 bilhões de toneladas – criou a expectativa de geração de mais de 20 mil empregos numa região que sempre conviveu com pobreza, agravada pela falta de chuvas. Mas gerou também uma polêmica em torno do escoamento da produção. Um dos grupos investidores anunciou a intenção de construir um mineroduto ligando a região até um porto no Sul da Bahia, alegando redução de custos.
A iniciativa confronta com a proposta do governo de Minas, que gostaria de implantar uma ferrovia de 200 quilômetros de Grão-Mogol a Caitité, também na Bahia. O argumento é que a ferrovia gera mais desenvolvimento e poderia transportar passageiros. A queda de braço está formada e o governo encontrou aliados nos prefeitos da região, que apontam danos ambientais e alegam que o mineroduto gera um grande consumo de água e o Norte de Minas é uma região seca. A proposta de construção do mineroduto é dos dirigentes do chamado Projeto Salinas, liderado pela Sul-Americana de Metais (SAM), controlada pela Votorantim Novos Negócios (VNN) – que está, neste momento, transferindo o empreendimento para a empresa chinesa Hondridge Holdings Ltd, por US$ 430 milhões.
O Projeto Salinas envolve 94 permissões de exploração de direitos minerários numa área que compreende cerca de 20 municípios mineiros, onde as reservas podem chegar a 6,5 bilhões de toneladas. A previsão dos empreendedores é produzir 25 milhões de toneladas por ano, com o projeto devendo entrar em operação entre 2012 e 2014. De acordo com o geólogo João Carlos Cavalcanti, sócio do empreendimento (é dono de 22% da empresa Sul-Americana de Metais), os chineses vão garantir os investimentos de US$ 3,5 bilhões em toda logística para retirada e venda do minério.
Cavalcanti assegurou que, dentro da infraestrutura, a ser