Hidrelétrica
Já são 30 anos de resistência contra a construção da barragem de Itapiranga. O povo juntamente com o MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens), e lideranças em geral, vêm organizando essa luta com o objetivo de garantir o direito de podermos escolher sobre o nosso futuro, preservar a natureza, manter a nossa cultura e gerar desenvolvimento , para assim melhorar a vida das pessoas que moram há décadas na comunidade.
O projeto para a construção da barragem tem o mesmo objetivo das demais já construídas, que é a produção de energia para satisfazer os interesses das empresas privadas, que transformam o rio e a terra dos atingidos em dinheiro. Isto é, as empesas querem apenas obter lucro com a venda da energia. Este é o único objetivo, o lucro!
A presente situação gera um grande contraste social, cultural e ambiental no que tange a acontecer. Para aonde vão as famílias que serão expulsas de suas terras? De onde vamos pegar água para o nosso consumo daqui a alguns anos? E como vai ficar a qualidade da água? Como vão ficar as comunidades pioneiras do município sem famílias? Como os agricultores vão se aposentar se não estiverem residindo na roça, de onde começar sua vida profissional? Como ficará o comércio sem fregueses? E quem garante que haverá indenizações justas?
Tudo mudará! Os ricos cada vez mais ricos e os trabalhadores cada vez mais pobres. Por outro lado, belas paisagens serão perdidas nos arredores do Rio Uruguai. O que, na verdade, atraem um turista são as belezas naturais dos rios com vida, com água corrente e não água parada ou morta.
Ouve-se muito que a barragem gera progresso, desenvolvimento e principalmente a geração de empregos. Mas não é isso que realmente acontece e mesmo assim, não deixa de ser uma propaganda enganosa. As barragem geram desemprego. As obras são construídas por operários que migram junto com as empreitadas, de obra em obra. Os trabalhos são temporários, poucos da região se habilitam ao trabalho devido às