A Comissão Nacional da Verdade foi feita para investigar crimes contra a humanidade cometidos em regimes autoritários ou guerras civis. De uma certa forma ela ajuda a sociedade a ficar por dentro das coisas que aconteceram no nosso mundo no passado e o que está acontecendo no presente. As comissões também agem para averiguar violações de direitos humanos em democracias. Porém na Comissão Nacional da Verdade, é possível identificar pontos positivos e negativos que interferem na nossa sociedade. Acerca dos pontos positivos, podemos destacar, que em um ano de atividades, a comissão obteve avanços notáveis, como descobertas que iluminam casos-chave como o do ex-deputado Rubens Paiva, e a correção do atestado óbito do jornalista Vladimir Herzog, estabelecendo seu assassinato em dependências do Estado e negando a farsa do suicídio. De importância histórica, também, é o levantamento das violências cometidas contra povos indígenas pela ditadura, iniciado pela Comissão. São passos essenciais na luta por verdade, memória e justiça no Brasil. Mas há pontos negativos que precisam ser rapidamente enfrentados. A Comissão tem realizado audiências fechadas a qual é um recurso que só deve ser utilizado em situações extremas. Experiências como as da África do Sul, onde testemunhos eram transmitidos em programas de rádio e TV. Como principal aspecto negativo existe a dificuldade de encontrar provas, materiais e testemunhais sobre os acontecimentos e na conquista de evidências para a localização e identificação de restos mortais de desaparecidos. Sendo assim, conclui-se que a Comissão Nacional da Verdade não é uma perca de tempo, ela traz esperança de que o Brasil é capaz de superar as suas crises políticas. Espera-se que os órgãos públicos, civis e militares, garantam a autonomia dos comissionados e respeitem a autoridade de seus atos.