Herman Simon
No Séc. XX, na década de 1920,o Psiquiatra Hermann Simon (1867 - 1947) valorizou a utilização do trabalho no tratamento da doença, acabando com a ideia do doente mental improdutivo e, ao mesmo tempo, organizou o espaço asilar como local de valorização do trabalho. A praxiterapia trouxe novamente para a prática psiquiátrica a ideia de que o trabalho faz com que o paciente se torne um indivíduo responsável, activo e útil. No começo deste século, Hermann Simon procurava dar alguma forma de ocupação para cada paciente do hospital psiquiátrico que estivesse capacitado para tal. A teoria de Simon praticada apenas no campo dos trabalhos manuais não incluía distinção entre os vários tipos de doentes.
Em uma época em que se praticava a clinoterapia (repouso no leito), deixando-se os internos inativos, o psiquiatra alemão Simon em 1927 sistematiza uma proposição denominada ‘psicoterapia (hiper)ativa', depois conhecida por "Ergoterapia", a partir das práticas que desenvolvia desde 1905 no hospital de Warstein e depois em Gutersloh. Em 1929 este psiquiatra publicou o livro "Uma terapêutica mais ativa no hospital psiquiátrico". Em conformidade com Bleuler, entendia a vida como atividade incessante, a ser devidamente orientada, opondo-se ao desenvolvimento do patológico, colaborando para a retomada da vontade e do poder de autoconduzir-se de um modo ordenado e útil.
Simon - considera indispensável a ação conjunta da ocupação individualizada e educação terapêutica para a restituição ao doente de um modo de vida ordenado e útil. “O tratamento deve aspirar constantemente reintroduzir a lógica sã na vida e no mundo ideológico dos doentes, e seu primeiro axioma é que tudo o que se faz deve ter sentido e finalidade. “Justifica a proposição do uso de uma metodologia pedagógica por ser a psicologia do doente mental, especialmente em relação a atitudes anti-sociais, comparável à psicologia da criança. Em virtude disso, a reeducação e a ergoterapia devem ser efetuadas