hepatite
A nanociência e a nanotecnologia são áreas do conhecimento que tem despertado, nos últimos anos, bastante interesse da comunidade científica, do setor tecnológico e da mídia, tanto devido aos desafios relacionados à compreensão de suas propriedades físicas e químicas, quanto às diversas possibilidades de aplicações tecnológicas que esses materiais apresentam. Os materiais nanométricos, ou nanomateriais, correspondem a filmes finos (uma dimensão nanométrica), nanofios (duas dimensões nanométricas) e nanopartículas (três dimensões nanométricas).
Tamanho interesse no estudo e desenvolvimento destes materiais reside no fato de apresentarem propriedades físicas e químicas diferentes das observadas nos materiais macroscópicos ou massivos. Os sistemas magnéticos nanocristalinos são constituídos de nanopartículas magnéticas que podem estar dispersas em meios sólidos (sólidos granulares) ou em meios líquidos (fluidos magnéticos ou ferrofluidos) (KNOBEL, 2000). No caso dos sólidos granulares, as matrizes nas quais as NPs estão imersas podem ser condutoras ou isolantes, cristalinas ou amorfas. Já no caso dos ferrofluidos, as NPs se encontram num líquido carreador de base aquosa ou oleosa, geralmente recobertas com uma camada orgânica que evita o contato entre as NPs e sua decantação. Uma área de aplicação das NPs magnéticas que merece destaque é a biomedicina, que tem recebido investimentos massivos e crescentes ao longo dos últimos 50 anos. O fato de as NPs apresentarem tamanhos comparáveis aos de entidades biológicas, como células, vírus, moléculas, proteínas e até mesmo genes, as torna adequadas às aplicações biomédicas.
Dentre essas aplicações bastante promissoras, pode-se destacar a utilização de NPs magnéticas biocompatíveis para o diagnóstico e tratamento de câncer em técnicas como o aumento do contraste em imagens de ressonância magnética (MRI), a separação celular, a vetorização de