Hepatites
KAREM LÓPEZ ORTEGA
JANAINA BRAGA MEDINA
MARINA HELENA CURY GALLOTTINI DE MAGALHÃES
Este texto é produto de parte de Monografia de conclusão de Curso de
Especialização em Odontologia para Pacientes com Necessidades Especiais da FUNDECTO-FOUSP em 2004.
INTRODUÇÃO
A definição clássica da palavra hepatite é a de inflamação do fígado, apesar do termo ser empregado em todos os casos em que as respostas mesenquimatosas são evidentes (desde a inflamação até as lesões degenerativas das células hepáticas) (ORTEGA, 2004).
O fígado pode ser afetado por agentes químicos, físicos ou biológicos.
Neste último grupo encontram-se, entre outros, os vírus, as bactérias e os protozoários. Sem dúvida, os vírus são os agentes que despertam maior interesse em
odontologia,
principalmente
pela
sua
transmissibilidade
(ORTEGA, 2004).
Uma ampla diversidade de vírus podem infectar esse órgão, dentre eles, os vírus hepatotrópicos (TAKAHASHI, 2004).
Atualmente, aceita-se a existência de 9 vírus hepatotrópicos como agentes etiológicos das hepatites. Esses vírus, apesar de apresentarem quadros clínicos bastante semelhantes, foram classificados em diversos
gêneros, com características funcionais e estruturais extremamente distintas
(CDC, 2004).
Independente do tipo de hepatite viral, as alterações hepáticas podem estar presentes no paciente e representar distúrbios funcionais importantes
(DEMAS; McCLAIN, 1999).
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1 O fígado
O fígado é um órgão maciço, constituído por células chamadas hepatócitos. É a maior glândula do organismo e localiza-as imediatamente abaixo do diafragma, na parte superior direita do abdome. Recebe o sangue venoso, que vem do aparelho digestivo através da veia porta e armazena cerca de treze por cento de todo o sangue corpóreo (ROBBINS; COTRAN; KUMAR, 1986).
Dois terços do volume do fígado são constituídos pelo parênquima hepático, dos quais sessenta por cento das células