Henri Wallon: psicologia e educação
Trabalho apresentado à disciplina Psicologia da Aprendizagem, ministrada pela Profa. Lívia Gomes dos Santos.
1. ASPECTOS GERAIS DA TEORIA
De acordo com Dourado e Prandini (p. 1), a teoria de Wallon é “psicogenética, essencialmente sociocultural e relativista, com forte lastro orgânico”. Sua teoria considera o desenvolvimento da pessoa completa integrada ao meio em que está imersa, com os seus aspectos afetivo, cognitivo e motor também integrados.
Assim, a ênfase é para a integração – entre organismo e meio e entre as dimensões: cognitiva, afetiva, e motora na constituição da pessoa. A pessoa é vista como o conjunto funcional resultante da integração de suas dimensões, cujo desenvolvimento se dá na integração de seu aparato orgânico com o meio, predominantemente o social.
De acordo com Guedes (2011, p. 1), Wallon aborda temas como a emoção, a motricidade, a formação da personalidade, linguagem, pensamento, dentre outros, e fornece material precioso para refletir as relações entre desenvolvimento infantil e práticas educacionais. Segundo a autora, Wallon dedicou-se a compreender o psiquismo humano, voltando sua atenção a criança, acreditando que conhecendo seu desenvolvimento era possível ter acesso à gênese dos processos psíquicos. Neste sentido, buscou relacionar seus estudos sobre a evolução da criança com a educação.
Guedes (2011, p. 3) afirma que Wallon dedicou-se a pesquisar a psicologia genética, ou seja, a gênese dos processos psíquicos. Para ele a análise genética, partindo do que vem antes na cronologia das transformações por que passa o sujeito, é o procedimento capaz de compreender de modo global a totalidade da vida psíquica (sem fragmentá-la em elementos estanques). Assim, a observação é o principal método de pesquisa preconizado pelo autor.
Para Wallon, a formação da inteligência é genética e organicamente social, ou seja, o ser humano é organicamente social e sua