hemostasia
A hemostasia resulta de uma série de interações complexas pelas quais o sangue é mantido fluido no sistema vascular, em que se previnem processos hemorrágicos espontâneos e se contêm sangramentos traumáticos. Depende basicamente da resistência e contratilidade normais dos vasos, da constituição e elasticidade dos tecidos periféricos, da atividade plaquetária normal, de um sistema adequado de coagulação e da estabilidade do coágulo.Com o processo de coagulação do sangue, é obtido um coágulo sólido de fibrina, através da interação de plaquetas, fatores plasmáticos, seus inibidores e ativadores. Quando há lesão de um vaso sangüíneo, o sistema hemostático intervém imediatamente. De início, a vasoconstrição reflexa reduz o fluxo sangüíneo local. Em seguida, as plaquetas se prendem às fibras de colágeno do tecido conectivo exposto, num processo chamado de adesão, e umas às outras, no processo de agregação, que é amplificado pela liberação de substâncias intraplaquetárias armazenadas em grânulos. Com isso, forma-se um tampão hemostático. Ao mesmo tempo, através das vias extrínseca e intrínseca, fatores plasmáticos ativam a protrombina, transformando-a em trombina, que passa a atuar sobre o fibrinogênio para formar a rede de fibrina que é estabilizada pela ação do fator XIII. Forma-se, então, um coágulo sólido. Posteriormente, este coágulo é lisado pelo sistema fibrinolítico, fazendo com que o plasminogênio seja ativado à plasmina e dividindo a fibrina em uma série de produtos de degradação (PDF). Assim, o local lesado é reparado e restabelece-se o fluxo sangüíneo normal.
Distúrbios adquiridos ou hereditários destes sistemas fisiológicos ocasionam doenças hemorrágicas ou trombóticas. Os mecanismos fisiopatológicos que envolvem a trombogênese têm sido amplamente estudados e contam com vários componentes que envolvem alterações no fluxo, na composição do sangue e na parede vascular. Muitos apresentam defeito plaquetário e alterações congênitas ou adquiridas