hemoparasitas
A ordem Psitaciforme é constituída por 78 gêneros e 332 espécies, das quais 72 se encontram no Brasil, que é considerado o país mais rico em representantes da família Psittacidae (ALLGAYER; CZIULIK, 2007).
Os psitacídeos são aves originariamente presentes na zona tropical, mas se irradiaram para áreas subtropicais e frias, como a Patagônia (SICK,1997). Alguns representantes dos psitaciformes são: os papagaios, periquitos, araras e maracanãs. Possuem uma série de características marcantes, o que facilita o seu reconhecimento, tais como: bico curto, recurvado, de base larga e arredondado; maxila móvel e língua grossa (ALLGAYER; CZIULIK, 2007).
Vários estudos apontam para o fato que diferentes famílias de aves, em diferentes ordens, se mostraram infectadas por hemoparasitos (WOODWORTH-LYNAS et al., 1989; FECCHIO; MARINI; BRAGA, 2007; BELO, 2007 ). Tal situação tem sido foco de muitos estudos em diversos países, devido ao prejuízo econômico e sua importância no conhecimento das interações entre vetores, agentes etiológicos e hospedeiros. Porém, apesar do grande número de estudos relacionados à hemoparasitos em aves silvestres, existem poucas informações acerca da ocorrência destes parasitos na família Psittacidae e, especialmente, dentre as aves mantidas em condições de cativeiro (SCHRENZEL et al., 2003).
Psitacídeos mantidos em cativeiro podem carregar agentes de doenças de áreas territoriais distantes, logo, constituem um risco para a transmissão de doenças emergentes. O parasito pode não ser particularmente patogênico para algumas espécies, mas aves infectadas podem servir como reservatório para infecções de espécies mais vulneráveis (ZIMAN et al., 2004).
O primeiro hemoparasito relatado foi o plasmódio, em 1855, por Danielewsky (HERMAN, 1944). Esses hemoparasitos infectam células sanguíneas, podendo causar graves conseqüências para os animais.
É importante que se tenha conhecimento de que os hemoparasitos são agentes etiológicos e que