Hemocultura
A presença de microrganismos (bactérias ou fungos) viáveis no sangue do paciente sugere infecção da corrente sanguínea (ICS), o que torna a hemocultura um exame critico de grande importância no tratamento desses pacientes.
É definida como hemocultura a cultura para bactérias e/ou fungos em amostra de sangue. Bacteriemia é definida como presença de microrganismos na corrente sanguínea e geralmente ocorre por meio dos seguintes mecanismos:
Entrada direta na corrente sanguínea, via agulhas, infusões contaminadas ou outros equipamentos vasculares, como, por exemplo, cateteres (bacteriemia primária).
Drenagem dos microrganismos a apartir de um foco primário de infecção através de vasos linfáticos e daí até o sangue (bacteriemia secundária).
Conceitualmente, ainda se classificam as bacteriemias em transitórias, intermitentes, continuas ou de escape. A do tipo transitória, que em geral é rápida, com duração de alguns minutos a poucas horas, é a mais comum e ocorre após a manipulação de algum tecido infectado (abscessos ou furúnculos), durante algum procedimento cirúrgico que envolve o tecido contaminado ou colonizado, tais como procedimentos odontológicos, cistoscopia, manipulações genitourinárias e desbridamento de queimadura, ou em algumas infecções agudas como pneumonia, meningite, artrite e oateomielite. As bacteriemias, na grande maioria das vezes são causadas por um único organismo, porém em raras situações são de etiologia polimicrobiana.
Dependendo do uso prévio de antibioticoterapia, a bacteremia pode ser encontrada somente em 30% dos pacientes, identificando-se o microrganismo causador do processo infeccioso, embora os critérios clínicos sejam todos indicativos de infecção.
Quando esta bacterimia se manifesta em intervalos variáveis de tempo e com o mesmo microrganismo, é denominado intermitente. Geralmente, esse tipo de bacteriemia ocorre em processos infecciosos relacionados a obscessos intra-abdominais, pélvicos, hepáticos, prostáticos,