Helio quemadas
Ofogo tem sido tradicionalmente usado como uma ferramenta de gestão na caça, gestão de pastagem e melhoria da fertilidade de solos, mas queimadas descontroladas ameaçam descarrilar os esforços de desenvolvimento na bacia do rio Zambeze se medidas de controle continuarem aquém das expectativas.
Um documento académico publicado no ano passado advertiu que se não forem geridas devidamente, as frequentes queimadas constituem um perigo regional comparável à seca e cheias, com um potencial para minar o desenvolvimento sustentável.
O documento, publicado em Junho de 2005 pelo Projecto de Avaliação dos Impactos e Adaptações às Mudanças Climatéricas, diz que os sistemas de controle de queimadas estão sem muitos recursos e fragmentados, com os países a utilizarem estratégias localizadas e reactivas.
Recentes queimadas descontroladas causaram danos extensivos à propriedade e infra-estrutura, e esgotaram a capacidade produtiva da terra dentro da bacia e noutros pontos da África Austral.
Na Namíbia, as queimadas descontroladas destroem 3-7 milhões de hectares de terra anualmente com a grande parte do dano a ocorrer durante os meses secos do inverno, segundo funcionários do Ministério da Agricultura, Águas e Florestas daquele país.
No Zimbabwe, perto de 11 milhões de hectares de madeira foram destruídas por queimadas descontroladas em 2004, e a área cresceu para 11.5 milhões de hectares em 2995, segundo o Ministro do Ambiente e Turismo, Francis Nhema.
A área destruída pelas queimadas no Zimbabwe nos últimos dois anos constitui cerca de 12 por cento da plantação de pinheiros do país e é equivalente ao volume normalmente colhido ao longo dum período de três anos, levando os peritos a preverem que o país enfrentará quebras de madeira dentro dos próximos dez anos.
As indústrias de madeira contribuem com quase quatro por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do Zimbabwe. Eclosões esporádicas