helio psicanalise e schopenhauer
A filosofia de Schopenhauer e a psicanálise de Freud se encontram em determinados pontos por estabelecerem alguns conceitos semelhantes, seguidos por linhas de pensamento freudianas que se baseiam, de certa forma, na filosofia de Schopenhauer. Um exemplo no qual o pensamento converge é sobre o inconsciente, pois para Schopenhauer a vontade, que é referente ao “querer viver”, a experiências internas que não são dependentes da razão, estabelece a ponte irracional e involuntária para o Mundo da Representação, enquanto para Freud o inconsciente age também de forma involuntária nos sonhos e atos falhos.
Outro exemplo se baseia na teoria da loucura para Schopenhauer, que acontece quando o indivíduo não consegue mais lidar com a dor, o sofrimento e substitui as memórias que possui sobre o Mundo da Representação por imagens fictícias, perdendo a noção do passado e de ordem cronológica, sendo bem parecida com o recalque para Freud, que é um mecanismo mental de defesa ligado diretamente ao inconsciente que bloqueia pensamentos angustiantes que geram frustrações, ou no caso, rejeita as pulsões que não forem possíveis de serem postas em prática. Para Freud as pulsões são energias internas, do inconsciente, que estimulam o desejo de realizar uma ação específica.
Em contraponto, para Schopenhauer o inconsciente faz com que exista a vontade tanto quanto a pulsão, já que a vontade precisa estar dentro dos padrões da consciência para que não ocorra frustrações que para Freud seriam barradas pelo Recalque.
Já na questão da sexualidade, Schopenhauer a considerava a manifestação mais importante da Vontade, pois em “O mundo como vontade e representação” o autor disse que “As partes genitais são, mais que quaisquer outras, sujeitas exclusivamente à vontade e nunca à inteligência. A vontade ali se mostra independente do conhecimento, quase como sucede com os órgãos que seriam à reprodução da vida vegetativa, por virtude da simples excitação, e em que a vontade age cegamente como em